Pavel Durov, o cara que construiu o Telegram e fez seu nome enfrentando os governos, acabou de ser derrubado na França. Sim, as autoridades francesas prenderam-no no aeroporto Le Bourget.
Dizem que ele deixou sua plataforma se transformar em um playground para todo tipo de atividade criminosa. Lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, compartilhamento de conteúdo nojento envolvendo crianças e até cyberbullying – está tudo na lista.
E não esqueçamos as alegações sobre a promoção do crime organizado e do terrorismo. Coisas pesadas, certo?
Agora, por que a França se importava tanto? Bem, eles emitiram um mandado através do Escritório de Prevenção à Violência Contra Menores (OFMIN), basicamente acusando Pavel de fazer um péssimo trabalho para manter o Telegram limpo.

Eles acham que os recursos de criptografia e privacidade do Telegram o tornaram um local favorito para coisas obscuras acontecerem sem que ninguém visse. Nenhuma surpresa nisso – a privacidade pode ser uma faca de dois gumes.
Mas não se trata mais apenas do Telegram; é um confronto em maior escala. É privacidade versus segurança, e tudo está a acontecer na Europa.
A ascensão do Telegram à fama não se deu apenas por causa de mensagens criptografadas e sem anúncios. Também tem sido uma referência para pessoas que não querem que o Big Brother respire em seus pescoços. Mas adivinhe? Essa mesma criptografia é agora o motivo pelo qual as pessoas estão apontando o dedo.
Em 2014, Pavel fez as malas e deixou a Rússia porque não quis fechar grupos de oposição em seu antigo site, o VKontakte. O governo russo não gostou disso e, quando lhe pediram dados de usuários do Telegram, ele os rejeitou novamente.
Fale sobre consistente, certo?
Agora, com a sua prisão em França, as pessoas estão a passar-se. Dizem que isto pode ser um mau sinal para a privacidade e a liberdade de expressão na Europa. Qual é o limite entre manter as coisas privadas e impedir o crime?
O Telegram nunca foi o local mais moderado, mas isso fazia parte do apelo de muitos usuários. Agora, toda essa “liberdade” está voltando para atormentar Pavel.
Com a entrada em vigor de novas regras de conteúdo, os governos estão a reprimir com mais força o que consideram espaços online inseguros ou não regulamentados. A popularidade do Telegram apenas o tornou um alvo maior.
Tomemos como exemplo a actual situação na Ucrânia. O Telegram tem sido uma plataforma fundamental para informação e, dizem alguns, desinformação. Não é difícil perceber por que razão os governos poderão querer um controlo mais apertado sobre o que está a acontecer ali.

Vitalik Buterin recebeu suas críticas à abordagem do Telegram em relação à criptografia. Ele nos disse que:
“Já critiquei o Telegram antes por não levar a criptografia a sério. Mas essa cobrança? Parece que eles estão indo atrás deles por não jogarem bola com o compartilhamento de dados. Esse é um lugar assustador para a liberdade de software e comunicação na Europa.”
E ele não está errado. A acusação contra Pavel parece menos sobre qualquer crime específico e mais sobre a recusa do Telegram em entregar dados.
Depois, há Elon Musk, que nunca se esquiva de falar o que pensa. Ele tem apoiado Pavel publicamente e twittado #FreePavel . Outro tweet de Elon dizia: “POV: é 2030 na Europa e você está sendo executado por gostar de um meme”.

É evidente que Elon pensa que a Europa está a levar as coisas longe demais. Ele até twittou “20 anos…”, incrédulo com a possível pena de prisão que Pavel poderia enfrentar.
Quando a proteção dos dados do usuário se torna um problema? E quanta responsabilidade essas plataformas têm quando coisas ruins acontecem sob sua supervisão?
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