Maduro da Venezuela ordena que o Petro seja usado como segunda moeda nacional
O dent venezuelano Nicolás Maduro ordenou o estabelecimento da moeda digital Petro como a segunda moeda oficial do país. O mandato ocorreu em meio às sanções internacionais e à hiperinflação que o país sul-americano enfrenta.
Durante seu discurso na televisão em 14 de agosto de 2018, o polêmico dent anunciou que a recém-desenvolvida criptomoeda se tornará oficialmente a segunda moeda nacional do país para combater o agravamento da inflação. Espera-se que o movimento resulte em uma desvalorização ainda maior da atual moeda nacional, Bolívar.
A situação econômica atual da Venezuela
A Venezuela enfrenta atualmente um colapso econômico. O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou em julho uma previsão de que o país registrará uma taxa de inflação de 1.000.000% até o final de 2018 e uma queda de 18% no produto interno bruto (PIB). O FMI chegou a comparar a situação atual com a da crise do Zimbábue em 2008-2009 e da Alemanha durante a República de Weimar.
O agravamento da inflação na Venezuela resultou em fortes aumentos de commodities básicas. Por exemplo, uma xícara de café com preço anterior de apenas 450 bolívares disparou para mais de um milhão de bolívares. Um milhão de bolívares equivale hoje a aproximadamente 30 centavos de dólar.
Como o Petro será usado e algumas perspectivas internacionais sobre a moeda digital
Segundo Maduro, o Petro se tornará a unidade contábil obrigatória da indústria petrolífera da PDVSA. Ele acrescentou que a criptomoeda também será usada em um novo sistema salarial, bem como nas novas diretrizes de preços de bens e serviços. Ele afirmou ainda que as avaliações do Bolívar e do Petro serão decididas pelo Banco Central do país (CBV).
Enquanto isso, o dent dos EUA, Donald Trump, emitiu uma ordem proibindo cidadãos americanos de participar de transações envolvendo o Petro em abril. Trump emitiu a ordem por acreditar que a criptomoeda é apenas uma extensão de crédito para a Venezuela.