Os promotores dos Estados Unidos alegaram que o filho de Carlos Ghosn, ex-presidente da fabricante japonesa de automóveis Nissan, fez pagamentos criptográficos a um cidadão dos EUA, que o ajudou a escapar do Japão para evitar enfrentar encargos financeiros. Agora, os EUA recusaram a libertação dos ajudantes sob fiança.
O filho de Ghosn fez um pagamento criptografado por sua fuga
O filho do ex-presidente da Nissan, Anthony Ghosn, fez os pagamentos criptográficos, no valor de US$ 500.000, a Peter Taylor. No entanto, Michael Taylor, pai de Peter, também ajudou a fugir do filho de Ghosn para fora do país, em um box e jato particular. A Reuters divulgou a notícia na quinta-feira, citando o último documento dos promotores na quarta-feira.
Os promotores mencionaram ainda no processo que os pagamentos criptográficos eram um pagamento adicional a Peter Taylor. O próprio ex-presidente da Nissan teria transferido cerca de US$ 862.500 em outubro para uma empresa administrada por Peter Taylor. Isto aconteceu dois meses antes de ajudarem Anthony Ghosn a escapar do Japão em dezembro do ano passado, observa o relatório.
Eles ajudaram Anthony Ghosn a fugir para a casa de sua infância, localizada no Líbano. Isso depois que ele foi acusado de cometer um crime financeiro e também de subnotificar o que recebeu como compensação nas demonstrações financeiras da Nissan. No entanto, Anthony Ghosn recusa qualquer irregularidade.
Promotores recusam a libertação de Taylors sob fiança
Em maio, os Taylor foram presos nos Estados Unidos, a pedido das autoridades japonesas, que também solicitaram a sua extradição. Os detalhes dos pagamentos fiduciários e criptográficos aos Taylor surgiram quando os promotores dos EUA recusaram a última ação para garantir sua libertação sob fiança.
Os promotores também argumentaram que os Taylor representam um grave risco de fuga, dizendo que “agora têm acesso aos vastos recursos de Ghosn para fugir”. Enquanto isso, os Taylor argumentaram que não cometeram nenhum delito. Eles mencionaram que o código penal do Japão não considera crime ajudar alguém a “salvar a fiança”, exceto que a pessoa já estava sob custódia.
Neste sentido, os Taylors disseram que as acusações contra eles são fatalmente falhas. Na terça-feira, o juiz federal ouvirá os argumentos sobre o pedido de fiança.