Kraken se tornou a maior bolsa de criptomoedas dos Estados Unidos a enfrentar ações coercivas do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro.
Kraken supostamente atendeu usuários do Irã, Cuba, Síria
A exchange está atualmente sob investigação federal por suspeita de violação da regra de sanções dos EUA. A bolsa é acusada de permitir que clientes de regiões sancionadas pelas autoridades dos EUA negociem criptomoedas, informou na quarta-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
De acordo com as informações fornecidas, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA alegou que Kraken havia aberto contas para usuários no Irã, na Síria, em Cuba e em duas outras regiões sancionadas pelo governo dos EUA. Espera-se que a agência imponha uma multa à bolsa se for condenada pelo crime.
“Kraken monitora de perto o cumprimento das leis de sanções e, em geral, reporta aos reguladores até mesmo possíveis problemas.” Marco Santori, diretor jurídico da Kraken
A OFAC iniciou inicialmente a sua investigação sobre este assunto em 2019, na sequência de uma ação movida contra Kraken por um ex-funcionário, Nathan Peter Runyon, nesse mesmo ano. Na ação, a exchange foi acusada por Runyon, que trabalhava no departamento financeiro, de gerar receitas a partir de contas abertas em países proibidos pela lei de sanções dos EUA.
Criptografia e sanções dos EUA
Dadas as propriedades inerentes às moedas digitais, o governo dos EUA considera que elas podem “reduzir potencialmente a eficácia das sanções americanas”. Conseqüentemente, várias empresas de criptografia no país estão sujeitas a um intenso escrutínio por parte dos reguladores para garantir que as criptomoedas não sejam usadas para escapar de sanções.
Após o conflito Rússia-Ucrânia no início deste ano, o governo dos EUA ordenou que as bolsas de criptomoedas proibissem os usuários russos de acessar serviços de criptografia em sua plataforma devido às sanções impostas ao país.