Numa reviravolta matic o Digital Currency Group (DCG), uma importante empresa de capital de risco especializada em criptomoedas, encontra-se enredado num atoleiro jurídico à medida que aumentam as ações judiciais coletivas e o futuro da sua principal subsidiária de corretagem está em jogo.
O DCG, liderado por seu CEO Barry Silbert, solicitou recentemente a consolidação de duas ações judiciais coletivas contra a empresa, alegando perdas substanciais durante o notório inverno criptográfico. As ações judiciais, movidas em Connecticut e Nova York, acusam o DCG de fraude em valores mobiliários e afirmam que foram feitas declarações enganosas ou falsas em relação à posição financeira da empresa.
O processo de Connecticut afirma que Barry Silbert orquestrou uma transação para ocultar implosões de US$ 1,1 bilhão depois que a Three Arrows Capital iniciou o processo de liquidação. Os demandantes argumentam que o DCG deturpou a sua estabilidade financeira durante um período tumultuado, deixando os investidores enganados e financeiramente prejudicados.
Embora o DCG busque a consolidação dos processos, os demandantes em Connecticut se opuseram à medida, citando a natureza prematura da decisão antes que o caso de Nova York fosse aprovado para transferência. Eles também antecipam a resistência dos demandantes de Nova York devido às incertezas em torno da natureza e do escopo das reivindicações.
Esta batalha legal levou o DCG a tomar uma decisão estratégica significativa. A empresa anunciou o fechamento de sua principal subsidiária de corretagem, TradeBlock, sem divulgar explicitamente o motivo da mudança.
No entanto, o DCG aludiu ao cenário económico mais amplo e ao ambiente regulatório incerto para criptomoedas nos Estados Unidos como fatores contribuintes. Notavelmente, o DCG fez investimentos substanciais no TradeBlock, incluindo uma injeção de US$ 5 milhões durante uma rodada de financiamento da Série A em 2021.
O DCG e sua equipe jurídica esperam evitar decisões conflitantes e agilizar o processo jurídico, solicitando a consolidação dos processos. Numa carta ao juiz distrital dos Estados Unidos Stefan Underhill, os réus revelaram a sua intenção de transferir o caso de Nova Iorque para Connecticut, o que eles acreditavam que facilitaria a consolidação. Se concedida, o DCG pretende prosseguir rapidamente com a consolidação, com a moção definida para ser totalmente informada até 13 de junho de 2023.
O resultado desta batalha legal tem implicações significativas para o DCG e para a indústria de criptomoedas em geral. À medida que o escrutínio regulatório aumenta, a consolidação destes processos poderá abrir um dent para futuros casos envolvendo fraudes ou declarações falsas relacionadas com criptomoedas. A decisão tomada pelo juiz Underhill determinará se os dois casos serão combinados, levando a um confronto judicial potencialmente de alto risco.
Os olhos da comunidade de criptomoedas estão agora fixos no DCG enquanto ele enfrenta a tempestade legal que se forma ao seu redor. O destino da empresa, do seu CEO e os resultados destas ações judiciais moldarão, sem dúvida, a trajetória futura tanto do DCG como da indústria mais ampla de ativos digitais, deixando investidores e entusiastas aguardando ansiosamente a resolução desta encruzilhada jurídica.